Joaquim Maria Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis

21 de junho de 1839

29 de setembro de 1908

"Em memória eterna, para sempre em nossos corações"

Em Memória

Joaquim Maria Machado de Assis foi o maior escritor brasileiro, mestre do romance, conto, crônica, poesia e crítica literária.

Infância e Formação

Nascido no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, era filho de Francisco José de Assis, pintor de paredes mulato, e Maria Leopoldina Machado, lavadeira açoriana.
Órfão de mãe aos 10 anos, cresceu em condições humildes, enfrentando epilepsia e gagueira, mas destacou-se como autodidata voraz.
Sem formação superior, aprendeu francês, inglês e alemão por conta própria.

Início da Carreira

Aos 16 anos, publicou seu primeiro soneto — “À Ilma. Sra. D. P. M. de A.” — na Periódica dos Pobres.
Em 1856, ingressou na tipografia do Correio Mercantil, onde conheceu Manuel Antônio de Almeida.
Dois anos depois, passou ao Diário do Rio de Janeiro como revisor e cronista.
Com o apoio de Torres Homem e Quintino Bocaiúva, ascendeu socialmente e consolidou sua carreira.

Vida Pessoal e Profissional

Em 1869, casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, portuguesa culta e companheira por 35 anos, até a morte dela em 1904. O casal não teve filhos.
Machado foi funcionário público exemplar, ingressando na Secretaria da Agricultura (1873), onde chegou a diretor-geral (1890).
Em 1897, fundou a Academia Brasileira de Letras (ABL) e foi seu presidente perpétuo até a morte.

Fases Literárias

1. Romantismo (1855–1878)

  • Poesia: Crisálidas (1864), Falenas (1870).

  • Teatro: Hoje avental, amanhã luva (1860).

  • Romances sentimentais: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874).

2. Transição (1878–1880)

  • Poesia: Americanas (1875).

  • Contos realistas iniciais: O Alienista (1882), incluído em Papéis Avulsos.

3. Realismo / Naturalismo / Psicologismo (1881–1908)

  • Romances-primeiros:

    • Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) — narrado por um defunto.

    • Quincas Borba (1891).

    • Dom Casmurro (1899) — ciúme obsessivo de Bentinho.

    • Esaú e Jacó (1904).

    • Memorial de Aires (1908).

  • Contos notáveis: Várias Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1899).

  • Crônicas: publicadas semanalmente em jornais sob pseudônimos como “Queirós” e “Lélio”.

Estilo e Influências

Machado ironizava a sociedade escravocrata, o positivismo e o adultério burguês com um estilo conciso, repleto de digressões e metalinguagem.
Inspirado em Sterne, Xavier de Maistre e Flaubert, criou o “realismo machadiano” — um realismo psicológico, sem determinismo rígido.

Legado e Morte

Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, no Rio de Janeiro, vítima de câncer na boca.
Deixou um impressionante legado:

  • 9 romances,

  • 9 coletâneas de contos,

  • 11 livros de poesia,

  • 5 coletâneas de crônicas,

  • 4 livros de crítica,

  • 8 peças teatrais,

  • e mais de 600 crônicas avulsas.

É o patrono da Academia Brasileira de Letras (Cadeira nº 23).
Sua obra, traduzida em dezenas de línguas, é estudada mundialmente por ter inovado a narrativa moderna.

Frase emblemática:
“Ao vencedor, as batatas.”
Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas

Palavras que Ficaram

Há duas glórias: a de mandar e a de não obedecer.

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

Suporta-se com paciência a cólica do próximo." (Ninguém realmente se importa com a sua dor, desde que não seja nele.)

O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto.

Música/Vídeo de Homenagem

Uma homenagem especial em memória de Joaquim Maria Machado de Assis

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Galeria de Memórias

Livro de Visitas

J

Julio Cesar

há 4 dias

Um mestre. Respeito máximo.

J

Juliana (Ju) Santos

há 4 dias

Sempre vejo as frases dele por aí, são muito inteligentes. 'Ao vencedor, as batatas' é a minha favorita kkkk. Não li todos os livros, mas o que eu li já deu pra ver que ele estava muito à frente do tempo. Orgulho pro Brasil! Descanse em paz.

R

Ricardo Alves

há 4 dias

Confesso que na época do colégio eu não aguentava. Era leitura obrigatória pro vestibular e eu lia 'por cima'. Hoje, com 40 anos, reli 'Brás Cubas' e... caramba. O cara era um gênio. Desculpa a demora pra entender, Machado. Gênio é gênio.

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Criado por
Natan Martins dos Santos Natan Martins dos Santos